OPINIÃO PRECONCEBIDA
[Parti-pris /
Dr. Bernard Auriol
" Observa-se para ver o que não se veria"
se não se observasse.
""
Ludwig Wittgenstein
[ O terapeuta pensa
a um colega que esperava-o a véspera à noite a trabalhar sobre o
seu computador ]
Analisando, falando
do seu marido: "Ele diz, eu ' faço a minha crise '!'
E permanece na frente do seu computador!...
[ O terapeuta pensa
à uma amiga, psicólogo clinicienne à Castres... ]
O paciente : " A
próxima sessão, aproveitarei para ir ver um amigo à Castress..."
Comentário : o terapeuta é aqui provavelmente receptor na medida em que o doente tivesse pensado antes de esta sessão como organizar-se para a próxima : vindo de longe, poderia facilmente fazer um “gancho” por Castres.
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Vrédine Maryse " tornei-me
uma mãe de família, trabalhadora, respeitada, mais nunca extravagante;"
é como se a minha mãe tivesse ganho! .
[ Vem ao espírito do
analista uma noite que passou in casa de uma amiga artista pintor. Mais
precisamente, pensa no momento em que uma jovem mulher lesbiana tivesse
entrado com duas companheiras, que tivesse convidado ]...
Maryse prossegue " vivi durante
um ano com uma rapariga;" aquilo era custoso de assumir.
Prometi à minha mãe que quebrasse, e quebrei! .
O terapeuta, sem estar
a saber porque, imagina o seu peito como que cai, até ao estômago...
Conta : " Estava num apartamento com o meu amigo." Um tipo desagradável,
pequeno, vinha procurá-lo e negava-me totalmente. Estava com uma camisa
de noite, uma grande camisola, o peito extremamente que cai. Tenho medo
de ser grávida porque tenho um atraso de regras e que a minha gravidez não
conduza à aquilo "."
Comentário: pode-se interpretaro "tipo desagradável, pequeno", como
o futuro"pequeno", o bebé a vir (estêve grávida, muito
mês mais tarde e estêve,muita feliz...). Encara um temor estético relativamente
aos seus atributos de mãe, os seios que poderiam ser danificados
pela gravidez ou dar o peito. O terapeuta parece ter recebido cinco sobre
cinco...
O terapeuta teve ocasião de ver antes de véspera a vídeo cassete do
filme "exorcista ".
A paciente: Sonhei de uma rapariga que
prosseguia-me, queria matar-me. Era uma encarnação do mal... Um momento
não tive mais medo...
utilização deste sonho nocturno como ponto de partida de sonho despertado:
A paciente: Tem um rosto animal, como um diabo feminino,
dos olhos maldosos, os dentes longos, ri com maldade. Os seus cabelos são
longos, com [couettes]. Não é grande. Devia ter doze ou treze anos, ela
também. Está à distância de um braço. Pode-se ser sobre um troço; escadas
inferior, ninguém ao redor. Tem um vestido [bouffante], uma cintura vincada
até aos joelhos. É vestida como uma pequena rapariga exemplar, angélica
à partida. Quer apanhar-me e não quero. Rir-se de isto.
Terapeuta: Qual é o seu nome?
A paciente: Diz Sandra... talvez por caso de "cinzas"[em
francês :cendres]. Quer apanhar-me. Para « descer » [em francês :descendres=des-cendres
(as cinzas)] , tenho medo que apanha-me. Quer fazer de mim que quer. É uma
caprichosa (...) vou ter as minhas regras.
" Tenho
desejo de escrever um ` Dom Juanne' que seria fecunda, parteira que poria
os outros sobre a via seguidamente iria noutro lugar..." O Pai Goriot
é um personagem que sempre comoventou-me muito. A relação com as suas raparigas.
Ontem, relisais o livro que o meu pai escreveu. É avô mas escréve em primeira
pessoa a história de uma jovem rapariga de quinze anos.
[
A véspera, o terapeuta olhou com a sua família uma vídeo cassete do
Pai Goriot]
" Sonhei que tinha um dedo quebrado." Pensei ao médico que
tinha feito uma observação ao assunto da minha rapariga, porque suga a sua
polegada.
Ocupo-me de uma pequena rapariga à quem bloqueou-se os dedos numa portinhola...
Desde, embora direita... desde, embora direita originalmente,
escreve com a sua mão esquerda. comovente-me muito...
Eu mesmo, tornei-me direita, constrangida e forçadai. O ambiente escolar!
ouvi as pessoas falar: ' escreve mal, é sujo... ' Não quer escrever com
a sua mão direita... ' a criança que estava à época faço-me muitos
aflijo !.' Todo que podia suportar! Quero muito à mestra! Ela, teria
devido saber!
[
O analista escreveu, a véspera, um artigo a respeito da génese da lateralidade.
Corrigiu-o exactamente antes de receber esta analisante e conta expedir-o
no dia. ]
O analista pensa ao
início e no fim da noite passada : esforçou-se de deitar e de levantar-se
sem barulho para evitar incomodar um hóspede com quem tinha, além disso,
um conflito.
" Desde o início da minha psicanálise, há dois momentos difíceis
do ponto de vista da comunicação:" o início e o fim de cada sessão
! ... Ser obrigada falar é uma violência. Faço-me violência: há lá uma conotação
de agressividade, tanto ao início que no fim da relação ! Sou frustrada
pelos fins de sessão.
[ O terapeuta pensa ao lustro que um precedente cliente tivesse empurrado com a sua cabeça uma hora antes: " podia cair?" talvez não o tinha fixado bastante firmemente? Se caísse sobre um doente? "]"
François : " Sinto-me feliz!" Bem destacado do ambiente... O
céu poderia mim cair sobre a cabeça que... Digo-me ' até agora, tirei-me
bem não há razão que não chege.' Ultimato vem-me por toda a parte, mas aquilo
não me coloca problema '... ' Ocorra que poderá... .
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19 Février 2004
© tradução : Francis Da Silva